Artistas querem qualidade e deixam demos de lado
O guitarrista Cesinha Mattos e a vocalista da Paranoika,
Karla Hill, em ação.
Grupo investiu numa boa gravação logo de cara
Se uma guitarra e uma garagem são o
suficiente para montar uma banda, novos grupos é o que não faltam. Mas diante
de tanta gente no meio musical, a pergunta que fica é: como fazer com que o seu
som ganhe destaque? Na opinião de alguns músicos que estão na estrada há algum
tempo, a resposta é investir em gravações de qualidade e na divulgação do
trabalho, principalmente via internet.
Para eles, as demos e os registros
toscos já eram, dando lugar aos singles, EPs e CDs. De acordo com o guitarrista
da banda Paranoika, Cesinha Mattos, as demos – gravações caseiras que há alguns
anos serviam para apresentar o grupo às gravadoras – ganharam uma nova função:
a de mostrar o som da banda para amigos e pessoas de confiança. “Com as demos
você tem condições de testar as suas músicas com os amigos. Quando a banda está
no começo ela não tem público, então ela serve como um laboratório para ver
como está a sua música e o que você pode melhorar nela”, avalia o guitarrista,
que vê o amadurecimento por meio de ensaios e shows constantes como a próxima
etapa antes de gravar um single ou disco.
Este caminho foi exatamente o seguido
pela Paranoika. Formada em 2008, a banda curitibana lançou a sua primeira
música de trabalho só em 2011, acompanhada por um videoclipe. “A banda precisa
driblar a ansiedade e aguardar para produzir algo mais bem feito. E, de preferência,
contratar um produtor que norteie o grupo”, avalia Cesinha.
Nas contas do músico, para entrar em
um bom estúdio deve-se estar disposto a tirar da carteira pelo menos R$ 100
pela hora de gravação. Já para produzir um videoclipe – que para ele serve como
um cartão de visitas da banda – o valor não sai por menos de R$ 4 mil.
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